Continuação–Onde está Deus no meu sofrimento.

O problema é que muitos só se lembram dele quando tudo parece perdido e não há mais solução humana possível. Seu convite, todavia, permanece: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt. 11-28). Por vezes até aceitamos o convite de Jesus de ir a ele, mas há os que não  aceitam o seu jugo e não querem aprender dele. Preferem aprender em outras fontes. Por isso não acham descanso para suas almas e sofrem quando vêm as tribulações. E clamam: Onde  está Deus no meu sofrimento? Deus sempre esteve e está ao nosso lado; não nos abandona. Nós é que muitas vezes, principalmente nos momentos de angústia, não enxergamos, pelos olhos do espírito, sua presença; só enxergamos o sofrimento. E,  no desespero, muitos buscam vias alternativas, atalhos, o socorro de outros deuses(Miquéias – 4,5); outros procuram ajuda no além, em ves de buscar o Deus vivo (Is.8-19). O Pai Eterno nos deixou a seguinte mensagem: “Buscar-me-eis e me  achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de voz, diz o Senhor, e farei mudar a vossa sorte” (Jeremias – 29-13). Diz ainda: “Porque o que me acha, acha a vida e alcança favor do Senhor”(Provérbios- 8-35). Agora, precisamos ter consciência de que não somos eternos e que colhemos o que plantamos. Nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos, às vezes até prematuramente. A fidelidade de Deus deve ser reconhecida não apenas por recebermos as respostas que almejamos, mas por Ele nos fortalecer  para enfrentarmos as situações adversas. Ele até pode não nos tirar do vale da sombra da morte, mas atravessará conosco esse vale ( Sl. 23); não nos abandonará. Deus pode transformar em bem todo o mal das aflições que sofremos. Ele pode permitir que passemos pelas tribulações a fim de que possamos extrair lições da dor e crescermos espiritualmente, mas nunca deixará que carreguemos fardos superiores às nossas forças. Nunca devemos questionar a Deus em momentos de aflições, mas peçamos a Ele que nos dê sabedoria para aceitarmos o que nós podemos mudar, conforto para aquietar nosso espírito e força para atravessarmos as vicissitudes. “Quando Deus parece estar em silêncio e nós, amedrontados diante das adversidades, não quer dizer que Ele não está ativo e envolvido em nossa vida.  Quando enfrentamos uma dor muito intensa, é quando Deus permanece mais próximo de nós”.